A menopausa tem levado muitas mulheres a reconsiderarem suas carreiras. Entenda o porquê!
No ambiente profissional, as mulheres frequentemente enfrentam desafios extras. Além de receberem, em média, salários mais baixos, ainda passam por discriminações e preconceitos diversos. Nesse cenário, a menopausa se torna mais uma questão complexa, especialmente para aquelas que precisam lidar com os impactos dessa fase em meio ao trabalho.
Infelizmente, embora o ideal fosse um ambiente mais acolhedor, ainda há muito estigma em torno da menopausa. Muitas mulheres relatam dificuldades para manter a mesma produtividade e enfrentam julgamentos que muitas vezes estão relacionados ao envelhecimento e ao próprio desconhecimento sobre essa fase. Saiba mais sobre esse tema e os impactos no mundo corporativo.
O que é a menopausa?
A menopausa é um processo natural da vida feminina, caracterizado pelo fim permanente do ciclo menstrual. Geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos, embora possa acontecer em idades diferentes.
Durante essa fase, os ovários reduzem a produção dos hormônios estrogênio e progesterona, o que desencadeia mudanças tanto físicas quanto emocionais. Entre os sintomas mais comuns estão os famosos calores intensos, mudanças no sono, irritabilidade e oscilações de humor.
Cada mulher experimenta a menopausa de maneira única, e as formas de tratamento podem incluir terapia hormonal ou abordagens não hormonais, conforme os sintomas e as escolhas da paciente.
Por que a menopausa ainda é um tabu?
O tabu em torno da menopausa tem raízes históricas, sociais e culturais. Em diversas sociedades, o envelhecimento feminino e as mudanças relacionadas à menopausa são vistos com preconceito, o que reforça o estigma.
Além disso, os sintomas físicos e emocionais podem ser considerados desconfortáveis, o que gera um certo constrangimento e faz com que o tema seja evitado. Em muitos casos, a falta de conhecimento sobre a menopausa contribui para o tabu. A saúde reprodutiva feminina costuma ser o foco, e fases posteriores da vida são muitas vezes deixadas de lado.
Nos últimos anos, porém, tem havido uma maior conscientização sobre a importância de abordar a menopausa de forma mais aberta e informada, especialmente no ambiente de trabalho.
Impactos no ambiente de trabalho
A menopausa pode trazer várias consequências no ambiente corporativo, e esses efeitos podem variar de acordo com fatores individuais, culturais e com o tipo de organização. Aqui estão alguns dos impactos mais comuns:
- Ausências no trabalho
A menopausa pode contribuir para o aumento de faltas no trabalho. Os sintomas, tanto físicos quanto emocionais, podem exigir que as mulheres tirem licenças para cuidar da própria saúde.
Quando não há políticas de apoio voltadas à saúde feminina, as trabalhadoras encontram mais dificuldades para conciliar suas necessidades com as exigências do trabalho. Essa situação pode afetar a produtividade da equipe, sobrecarregar colegas e prejudicar o andamento de projetos.
- Estigma e discriminação
Em muitos locais, a menopausa ainda é cercada de preconceitos, o que leva a atitudes discriminatórias em relação às mulheres que estão nessa fase.
Por medo de julgamentos ou falta de compreensão, muitas mulheres preferem não expressar suas necessidades relacionadas à menopausa no ambiente de trabalho. A discriminação pode surgir de diferentes formas, desde a ausência de suporte específico até a criação de um ambiente que não atende às demandas dessas profissionais.
- Saúde mental e produtividade
As mudanças hormonais da menopausa também podem desencadear ou intensificar condições como a depressão, o que aumenta a necessidade de atenção à saúde mental das trabalhadoras.
No contexto profissional, uma saúde mental fragilizada pode levar à falta de concentração, à perda de motivação e a dificuldades nas relações interpessoais. Quando a empresa não oferece suporte para as necessidades das mulheres na menopausa, o estresse tende a aumentar, afetando diretamente a capacidade de desempenho no trabalho.
Estudos sobre menopausa e produtividade
De acordo com a Society for Human Resource Management, a projeção é que, até 2030, o número de mulheres na menopausa ou pós-menopausa no mundo chegue a 1,2 bilhão, com 47 milhões de novos casos a cada ano.
Estudos recentes, como o realizado pela Biote, revelam que 40% das mulheres afirmam que os sintomas da menopausa impactam negativamente sua produtividade. Uma em cada cinco mulheres considerou ou efetivamente abandonou o trabalho por conta dos sintomas.
A falta de conhecimento sobre o que ocorre com o corpo durante a menopausa ainda gera constrangimento para muitas mulheres, especialmente quando precisam lidar com sintomas como ondas de calor e lapsos de memória no trabalho. Cerca de 20% das mulheres cogitam deixar o emprego por medo de que a menopausa prejudique suas trajetórias profissionais.
Para auxiliar funcionárias nessa fase, empresas podem investir em ações de conscientização e desenvolver políticas de apoio direcionadas. Algumas estratégias eficazes incluem adaptar o ambiente de trabalho, promover uma cultura que acolha o diálogo sobre a menopausa e oferecer recursos de saúde e flexibilização de horários.
Conclusão
É fundamental quebrar o silêncio em torno da menopausa e aprender a lidar com seus impactos no mundo corporativo. Criar espaços de trabalho inclusivos e sensíveis às necessidades das mulheres em menopausa traz benefícios para as profissionais e para as empresas, que ganham em retenção de talentos e produtividade.
Outro tema importante para as mulheres no mercado de trabalho é a maternidade. Vale a pena conferir também a realidade das mães solo e os desafios que enfrentam em suas carreiras.
Sou Guilherme Valerio, criador de conteúdo especializado em aplicativos, carreira e tecnologia. Com uma abordagem inovadora, dedico-me a escrever artigos que informam e inspiram, conectando o público às tendências mais relevantes do mundo digital.
