Sobrecarga de funções, salários abaixo do esperado e promessas não cumpridas são algumas das razões que mais prejudicam a vivência profissional nas empresas.
Você recomendaria a última empresa onde trabalhou? Se a sua resposta for negativa, saiba que você não está sozinho. Um estudo realizado pela startup SoluCX, com cerca de 16.973 entrevistados, revelou que três em cada dez profissionais não falam bem do local de trabalho anterior. Esse dado reforça a necessidade de priorizar a experiência do colaborador dentro das organizações.
A pesquisa, intitulada “A experiência do colaborador no Brasil”, utilizou a métrica employee net promoter score (eNPS) para avaliar a satisfação dos funcionários.
De acordo com os resultados, 39,9% dos participantes afirmaram que recomendariam a empresa onde atuaram anteriormente, enquanto 32,6% disseram que não o fariam. Outros 27,5% permaneceram neutros em sua opinião. Mas o que explica tamanha insatisfação entre os trabalhadores?
Por que a experiência do colaborador precisa ser valorizada?
Apesar de ser um tema cada vez mais discutido na área de recursos humanos, o conceito de experiência do colaborador ainda é desconhecido para muitos. Prova disso é que 72% dos entrevistados admitiram nunca ter ouvido falar sobre o assunto.
A pesquisa também revelou os principais fatores que contribuíram para a insatisfação no ambiente de trabalho. Entre eles, destacam-se a sobrecarga de tarefas, remuneração inadequada e promessas não cumpridas, como promoções e aumentos que nunca se concretizaram.
O acúmulo de funções tem se tornado frequente, especialmente em empresas que possuem equipes pequenas e recursos limitados. Isso resulta em um aumento significativo da carga de trabalho, prazos cada vez mais curtos e longas jornadas, levando ao estresse e ao esgotamento emocional.
Quando um colaborador enfrenta um volume excessivo de responsabilidades, sua saúde física e mental acaba sendo prejudicada, além de sua qualidade de vida no geral. Já os baixos salários e as promessas não realizadas contribuem ainda mais para a falta de motivação.
Uma remuneração abaixo do esperado é desestimulante, e muitas vezes os funcionários sentem que seu esforço não está sendo reconhecido. Por outro lado, colaboradores talentosos e com grande potencial tendem a buscar empresas que valorizem sua dedicação e ofereçam condições mais justas e competitivas.
Se uma empresa não oferece uma remuneração adequada ou cumpre o que promete, corre o risco de perder bons profissionais para concorrentes que estejam dispostos a investir neles. Afinal, enquanto empresas podem substituir seus funcionários, os colaboradores também têm a liberdade de buscar melhores oportunidades.
O impacto do home office na decisão de mudar de emprego
Outro dado importante da pesquisa é que 61,7% dos entrevistados afirmaram ter interesse em trocar de emprego. Dentro desse cenário, o modelo de trabalho remoto se destacou como um dos fatores mais relevantes na decisão dos profissionais.
Cerca de 81% dos participantes demonstraram preferência pelo home office, evidenciando que essa modalidade pode ser um diferencial para atrair e reter talentos.
O trabalho remoto oferece maior flexibilidade, além de eliminar o desgaste com deslocamentos diários, como enfrentar trânsito ou transporte público lotado. O tempo economizado pode ser aproveitado para descansar, cuidar da família ou investir em projetos pessoais, o que impacta diretamente na qualidade de vida dos colaboradores.
Do ponto de vista da empresa, o home office também traz vantagens. Os funcionários tendem a trabalhar em um ambiente mais tranquilo e com menos interrupções, o que melhora a concentração e, consequentemente, a produtividade.
A importância de uma remuneração justa e benefícios atrativos
Outro ponto levantado pela pesquisa foi que 48,5% dos entrevistados consideram um aumento salarial e melhores benefícios como a principal motivação para buscar uma nova oportunidade.
Salários compatíveis com o mercado e alinhados às responsabilidades do cargo são essenciais para demonstrar o reconhecimento do esforço dos colaboradores. Além disso, a oferta de benefícios, especialmente os flexíveis, pode fazer toda a diferença no momento de atrair e reter profissionais qualificados.
Investir na experiência do colaborador não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para empresas que desejam se destacar no mercado. Funcionários satisfeitos tendem a ser mais produtivos, engajados e leais às suas organizações.
Ao criar um ambiente de trabalho que valorize seus profissionais, com salários justos, condições adequadas e respeito às promessas feitas, as empresas aumentam suas chances de construir equipes mais sólidas e motivadas.
Para quem busca mais informações sobre a experiência do colaborador no Brasil, há diversos recursos online que podem fornecer insights e estratégias valiosas. O site da Great Place to Work Brasil oferece artigos, pesquisas e rankings sobre as melhores práticas para melhorar a experiência dos colaboradores, acessível em GPTW: O que é, importância e como contratar!. A Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) também disponibiliza conteúdos relevantes sobre como criar um ambiente de trabalho positivo e engajador, encontrados em https://www.abrhbrasil.org.br. Além disso, o portal Endeavor Brasil apresenta estudos de caso e dicas práticas para empresas que desejam aprimorar a experiência de seus colaboradores, disponível em https://endeavor.org.br. Esses recursos são essenciais para empresas e profissionais de RH que buscam criar um ambiente de trabalho mais satisfatório e produtivo.
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